quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Movimento para pensar nossos hábitos

Estou à alguns poucos dias em Porto Alegre e apesar de adorar a cidade, em alguns momentos é impossível não ficar saudoso de nossos hábitos. O chimarrão com os amigos, o bate-papo nas calçadas e a segurança de conhecer um à um dos transeuntes que  movimentam nossos bairros, nossas ruas.

A velocidade dos carros, o engavetamento nos apartamentos, o medo dos pedestres e o cinza do asfalto acabam tornando o cenário do cotidiano um pouco embaçado para os moradores da capital, e principalmente para seus visitantes, que apesar de embebecidos com tantas novidades e com tantos atrativos, tecnológicos e culturais além das muitas pssibilidades de diversão que estão a disposição não sentem aqui o acolhimento de uma cidade pacata.

Aliás, é na calmaria do nosso "Texas" que tudo ganha grandes proporções, aqui, já presenciei dois acidentes, e flagrei uma ou duas pessoas em situações inusitadas mas nada disso é interessante porque não sabemos quem são os personagens dessas histórias, na verdade nas grandes cidades, as histórias são as protagonistas da vida de seus habitantes, é por elas que as pessoas criam vínculos, experimentam emoções, e cada vez mais se distanciam de encontros reais, físicos, fortes, de corpo e de alma.

Aliás é na alma que carrego meu carinho por São Borja, porque esta terra me deu as pessoas que mais amo, essa terra me deu os hábitos que aprecio e nesta terra conheço os personagens que fazem parte da minha história, que se confunde com a dela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário